sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Imperativo mais que perfeito


             Caminhar num deserto
         tão grande! Um Saara:

         é não te ter por perto,

         Juçara.

         No peito um aperto

         (voz que não se calara?)
         Que jeito! Com que cara?

         Repara que o perfeito

         é o que se tentara:
         Ju, sara!  Ju, sara!

         O mesmo que sentiras

         sinto; às vezes tento,
         às vezes minto. Compara!

         Eu sei, eu sei, querida:

         a lágrima retida
         de todo não se secara...

         Pois para certa coisa tida

         como a única da lida
         nunca se está preparada!

         Mas nada - nada!

         Nada de mim te separa,
         Juçara.




Porque você me ligou...
Em 27/08/2014
Klara Rakal

3 comentários:

  1. A lágrima veio dessa vez emocionada pelo poema que me oferece, querida amiga. Sua alma sensível sempre confortando tidos que a cercam. Te gosto muito pra sempre.

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  2. Que lindo poema Professora Karla, até eu fiquei emocionada!

    Saudades da Professora Juçara.
    Nem sei se ela lembra de mim, mas eu jamais a esquecerei.

    Bjssss.

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  3. Karina, perdão por responder 5 anos depois do seu comentário. Mas nada na viva é por acaso. Nesses tempos dfíceis, a alama se revigora quando acarinhada. Lembro-me de vc, sim! Como esquecer as pessoas que tornaram nossos momentos mais felizes. Bj carinhoso.

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