quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Praia Linda



PRAIA LINDA

Fome

que não tem nome.

É grande a Lagoa: um mar sem fim...

E assim toda a angústia some,
O morno sol da manhã a consome
E a brisa chega de manso e avisa
que é chegada a hora...

Duas gaivotas se exibem

tão de perto
que posso sentir a vibração das minhas asas confundidas com as suas.

Satisfeito, flutua o Guerreiro

e embora ancorado, passeia de um lado
para o outro, enquanto a superfície antes lisa
da água ondula com a brisa.

Ele me olha, calado,

e ao invés do que o batismo sugere
mostra o bicolor convés
e molha lentamente seus pés.

Ao longe um peixe pula

Um pato mergulha
E a vida acaba ao mesmo tempo em que é alimentada.

Antonio me (ch)ama, grita: Karla!

(Meu coração se agita)
Vem pro café!

Mas, a Lagoa me alimenta.

É o meu desjejum.

Fome saciada.




Escrito em 1º - 06 - 2013, em Praia Linda - São Pedro d’Aldeia
(Às margens da Lagoa de Araruama, observando-a até onde os azuis me deixaram ver.)

Poema não selecionado no concurso da SME - 2013.
Lugar tão lindo que não me furto a divulgar mais algumas imagens clicadas por mim naquele feriado.











3 comentários:

  1. Muito bom ter de volta minha amiga poeta!!
    Palavras tão bem colocadas, sua poesia me alimenta a alma.
    Adoro!!! Beijos.

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    Respostas
    1. Que bom que gostou, Cris. Aos poucos, estou voltando... em tudo. Bjs.

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  2. Oba! Minha maninha de volta! Poesia linda para um pedacinho de paraíso! Quero ir lá também...

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